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Campo Grande, 26 de abril

Instituto Penal de Campo Grande prioriza trabalho prisional

No Estado 32,4% dos custodiados da Agepen trabalham, entre reeducandos dos regimes fechado, semiaberto e aberto

Por Redação
22/01/2018 • 12h00
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Um dos presídios com maior número de custodiados no Estado, o Instituto Penal de Campo Grande (IPCG) tem  priorizado o trabalho prisional como ferramenta para a reinserção social de detentos. Atualmente, as 17 oficinas laborais existentes no local garantem oportunidade de labor llícito da massa carcerária.

“Hoje temos 424 internos que exercem algum tipo de trabalho dentro da unidade, a rotina aqui começa bem cedo, antes mesmo do sol aparecer”, informa o chefe do setor de trabalho do estabelecimento prisional, agente penitenciário Alexsander Vega e Moraes.

Grande parte dos serviços são executados por meio de parcerias entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e empresas privadas, que encontraram na mão de obra prisional um meio de reduzir custos e contribuir para a diminuição da reincidência criminal.

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Para os reeducandos, a ocupação é encarada como uma maneira de amenizar a pena, além de ocupar o tempo ocioso, melhorando a disciplina no cárcere com a mudança de hábitos e comportamentos.  “Aqui dentro eu me esforço, sempre ofereço o melhor, e foi trabalhando que consegui ter mais disposição para encarar a vida de forma diferente”, afirma Adaílton da Mata Souza, que está recluso há nove anos e no momento trabalha na fábrica de gelo.

O empresário Lucas Zago também vê muitos motivos para comemorar a aposta na mão de obra prisional.  Com ocupação de 23 reeducandos no descasque e embalagem de mandioca, ele atinge uma produção diária de duas toneladas do produto. “Consigo uma quantidade boa de trabalhadores e para eles também é bom, porque ocupam o tempo, ganham remição da pena e dinheiro para ajudar a família lá fora”, argumenta .

 

Dados Estaduais

Atualmente em Mato Grosso do Sul, 32,4% dos custodiados da Agepen trabalham, entre reeducandos dos regimes fechado, semiaberto e aberto; índice que supera a média nacional que gira em torno de 22%. De acordo com a chefe da Divisão do Trabalho da Agepen, agente Elaine Cristina Souza Alencar Cecci, são 168 parcerias firmadas com empresas.

Para exercer atividade laboral, o interno deve estar no mínimo há seis meses na unidade prisional. Além disso, também são avaliados quesitos importantes como bom comportamento, habilidade e conhecimento, análises que são realizadas pela Comissão de Tratamento e Classificação (CTC), formada por psicólogos, assistentes sociais e chefia de disciplina, além da própria chefia do trabalho e da direção do presídio.

Conforme o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, o trabalho é um dos focos da instituição para a reinserção social. “Também existem alternativas como cursos profissionalizantes, aulas escolares, leituras e as ações culturais e religiosas. São atividades que, em conjunto, ajudam no processo de ressocialização”, finaliza. (Com informações do Portal MS)

Fotos: 

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