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Brasil é zona livre sem aftosa, diz OIE

Presidente Temer receberá certificado na França, em maio; autoridades apontam importância de MS no combate à doença

Por Éder Campos
07/04/2018 • 07h52
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O presidente Michel Temer confirmou que irá à França, dia 24 de maio, receber  certificado internacional de zona livre de febre aftosa com vacinação, previsto para ser entregue na 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal).

O processo de erradicação da doença foi declarado em todo o país em dezembro do ano passado, quando Amapá, Pará, Roraima e grande parte do Amazonas foram declarados novas zonas livres da aftosa com vacinação. Neste mês completa-se 12 anos que não ocorrem registros da doença no Brasil.

Uma das estratégias do governo é a execução de um plano estratégico do PNEFA (Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa), previsto para o período de 2017 a 2026, para garantir o status de país livre da aftosa com vacinação e ampliar as zonas livres da doença (sem vacinação). Atualmente, Santa Catarina é o único Estado que mantém essa condição.

De 3 a 5 de abril várias ações foram realizadas para comemorar a conquista brasileira, chamado de “Dia A: Plena Erradicação da Febre Aftosa”. Na quinta-feira (5), uma cerimônia marcou o lançamento de um selo comemorativo  dos Correios, na sede da Embrapa em Brasília (DF), com a presença do presidente Michel Temer e do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. 

“Estamos dando mais uma prova da excelência da nossa carne, da nossa agropecuária e do nosso serviço sanitário”, disse Temer. Maggi afirmou que o governo e produtores cumpriram compromissos. “Tudo que nós investimos no passado, foi pra nos colocar numa posição de vanguarda no futuro”, disse.

Reflexos em MS

Pegando carona nas comemorações, uma vez que  Mato Grosso do Sul registrou o último caso de aftosa no país, em Japorã, em abril de 2006, e ainda por ter o maior rebanho comercial do mundo, a Federação da Agricultura e Pecuária, governo estadual e a Superintendência Federal da Agricultura realizaram a versão local do Dia A, também na quinta-feira, na Famasul, com a presença de praticamente de todos os sindicatos rurais do Estado.

Para o superintendente do ministério no Estado, Celso Martins, essa é uma nova fase. “O reconhecimento e a recompensa do mercado devem acontecer”, disse. “Isso é um primeiro caminho para que a gente possa ter reflexos produtivos e econômicos para o setor. Tivemos problemas recentes que foram bem combatidos pelo setor produtivo”, ressalta o presidente da instituição, Maurício Saito.

Jaime Verruck, secretário estadual de Agronegócio, afirmou que o desafio, agora, é manter os índices de vacinação. “Nosso rebanho está 99% vacinado. Temos de manter esse nível. Precisamos nos estruturar nesse combate, em especial na região da fronteira”, ressaltou.

Dia 1º de maio, a maioria dos Estados e o Distrito Federal começam mais uma etapa de vacinação contra febre aftosa. 

O rebanho brasileiro possui atualmente 218 milhões de animais, entre bovinos e búfalos, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária.

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