Flavinho, como era conhecido, estava crescendo no rodeio - Arquivo/PessoalO peão de montarias Uéliton Flavio Ferreira, 24 anos, morto após ser pisoteado pelo touro Wi-fi na arena de rodeio em Paranaíba (MS), no domingo (8), usava todos os equipamentos de segurança no momento em que foi atingido pelo animal. A informação foi confirmada pelo juiz da arena, Marcos Carenga, que participou ao vivo do Jornal do Povo, que vai ao ar na Cultura FM 106,3 Mhz.
Carenga disse que o rapaz tropeçou ao descer do boi e se tivesse conseguido sair de debaixo do animal ao saltar, talvez a fatalidade pudesse não ter ocorrido. Segundo ele, o clima entre os peões era de extrema tristeza após a morte do rapaz, tanto que alguns companheiros não queriam se apresentar, mas em respeito ao público, o fizeram.
“O momento é muito triste, meu coração está partido. Eu fiquei trêmulo o tempo todo, querendo que acabasse logo. Agora o que temos que fazer é rezar todos os dias por ele”, disse.
O juiz ainda destacou que para uma montaria é obrigatório o uso de colete, que protege o tronco do peão, já o capacete é opcional, porém Flavinho usava o equipamento no momento do incidente.
“Eu estava no fundo dos bretes e tinha mais duas montarias para semifinal. O próximo seria o Magno Alves e ele não queria montar, ele chorou muito, eu me emocionei também com a cena. Os meninos [peões] se reuniram e decidiram que iriam continuar, pois o Flavinho morreu fazendo o que gosta. Eles decidiram que o rodeio terminaria pelo Flavinho, tanto que o Magno montou chorando”, contou.
Carenga ainda contou que Flavinho havia recebido convite da direção da ACR (Associação dos Campeões do Rodeio) para ser contratado, no último final de semana e teria aceitado, porém teve a carreira interrompida. O rapaz tem dois irmãos que também montavam em touros e praticava o esporte desde pequeno. Ele já havia ganhado prêmios como motocicleta e dinheiro.
Esta é a segunda vez que um peão morre durante rodeios em Paranaíba.
