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Três Lagoas, 28 de março

Dez crianças vítimas de abandono e maus-tratos são resgatadas

Elas foram retiradas das famílias após negligência dos pais e encaminhadas para o Conselho Tutelar de Três Lagoas

Por Kelly Martins
21/09/2017 • 11h00
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Ao menos 10 crianças vítimas de maus-tratos ou que sofreram algum tipo de negligência por parte dos pais foram retiradas das famílias por determinação judicial, em Três Lagoas. Os casos ocorreram entre janeiro e agosto deste ano e gera alerta quanto à falta de cuidado com os menores dentro dos lares. Isso porque o número de casos deste tipo está aumentando cada vez mais na região refletindo um problema social, com a falta de estrutura familiar.

O número de ocorrências deste tipo, por exemplo, é maior do que registrado no ano passado, quando 6 crianças foram encaminhadas para a adoção. De acordo com o Conselho Tutelar, as negligências ocorrem normalmente com crianças entre 3 a 10 anos de idade. Os conselheiros tutelares explicam que é por meio de denúncias que eles chegam até às residências e encontram as crianças em estado de abandono.

Normalmente as denúncias são feitas por pessoas que conhecem o dia a dia das famílias e acabam procurando a instituição. Em um dos casos, por exemplo, a criança foi encontrada sozinha na casa sem alimentação. Como se trata de menor de idade, as informações são sigilosas e os detalhes não podem ser revelados. Nesse caso, ela foi encaminhada para o Conselho Tutelar e, em seguida, ficou sob os cuidados de familiares. 

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O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que as crianças sejam criadas na família de origem, a biológica, mas elas são retiradas de casa quando sofrem negligência, abandono ou maus tratos. Em casos de violência sexual, a lei prevê o afastamento imediato. Entre os casos mais registrados estão maus-tratos, abandono, uso de entorpecentes e gravidez na adolescência.

Cenário

Levantamento da Promotoria da Infância e Juventude de Três Lagoas revela que 41% das crianças e adolescentes que estão em abrigos públicos de Três Lagoas são filhos de pais usuários de drogas e álcool. As demais, 39% foram parar nos abrigos por abandono ou negligência da família e 20% porque sofreram abuso ou violência sexual dentro de casa. Atualmente, o município possui três abrigos, com 41 crianças e adolescentes, mas já teve 70.

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