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Três Lagoas, 26 de abril

PF e Receita cumprem mandados contra políticos e empresários de MS

Nova fase da Operação Lama Asfáltica foi deflagrada nesta terça (14) e uma equipe esteve no prédio onde mora o ex-governador André Puccinelli

Por Da redação
14/11/2017 • 07h01
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A Polícia Federal, Controladoria Geral da União e a Receita Federal deflagram nesta terça-feira (14) a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica – Papiros de Lama. Mandados expedidos pela Justiça são cumpridos na casa de políticos e empresários de Mato Grosso do Sul. Uma equipe esteve no prédio onde mora o ex-governador André Puccinelli (PMDB), por exemplo.

São cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, seis mandados de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. Os mandados são cumpridos em Campo Grande, Nioaque (MS), Aquidauana (MS) e São Paulo (SP), com a participação de 300 policiais federais, servidores da CGU e da Receita Federal.

Os prejuízos causados pelo grupo ao erário, levando-se em consideração as fraudes e as propinas pagas a integrantes da organização passam dos R$ 235 milhões.

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O objetivo da operação é combater uma organização criminosa que desviou recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos, financiamento de atividades privadas sem relação com a atividade-fim de empresas estatais, concessão de créditos tributários com vistas ao recebimento de propina e corrupção de agentes públicos.

Os recursos desviados passaram por processos elaborados de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro. Esta nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas e, ainda, por depoimentos de colaboradores, os quais participaram do esquema delituoso.

Os valores repassados a título de propina eram mascarados com diversos tipos de operações simuladas, de forma a dar falsa impressão de licitude ao aumento patrimonial dos integrantes da organização criminosa ou de dar maior sustentação financeira aos projetos. Uma das novas formas descobertas da lavagem de capitais era a aquisição de obras jurídicas por parte de empresa concessionária de serviço público e direcionamento dos lucros.

Está agendada uma coletiva de imprensa, às 10h, no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Campo Grande, com os integrantes da força-tarefa que compõem a investigação.

 

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